Opinião: paz nos momentos de turbulência

Num cruzamento da cidade o fluir do trânsito é intenso. Sinais abrem e fecham ininterruptos, pessoas caminham e as buzinas gritam, indicando que tudo acontece ao mesmo tempo e cada coisa a seu tempo. Compromisso, telefonema, pressa, preocupação, cansaço, sono, depressão, sol e chuva compõem pedaços de um nervoso mosaico.
A sede me direciona para uma barraca onde são vendidos cocos. Um dos clientes me desperta a atenção: é um menino moreno, pés descalços, sem camisa, aparentando seis anos. O pai, estatura baixa, moreno e com barba malfeita pergunta a ele o que quer. O menininho aponta um suco industrializado. A venda se encerra e eles vão embora.
Atravesso o cruzamento, mergulhado na cegueira da minha decepção e quase não vejo que a criança está deitada no chão, brincando, cujo pai espera o sinal vermelho para oferecer o serviço de limpador de para-brisas.

Foto: João Gabriel Galdea
Não tenho a intenção de citar a ladainha sobre a situação econômico-social brasileira, mas devido a minha atual instabilidade emocional, me identifiquei com o menininho. Somos crianças com sede, dependendo da mão de Deus para nos oferecer água e nos deixar descansando em um local, ainda que rodeado de barulho e correria. Deus quer o melhor para nós, é Ele que nos faz atravessar a rua e, sobretudo, preserva a paz no coração em momentos de crise. Estou aprendendo e quero aprender mais a respeito dos amores em processo de esfriamento, suplicando que o Santo Espírito me conceda a paz que excede todo o entendimento. E acredite, ter vitória e prosperidade é ter paz no coração acima de qualquer coisa.
Por Osvaldo Junior DRT 3612 Ba.

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