Comunidades religiosas promovem conferência sobre Ecumenismo

Foto por Rev. Carlos Araújo

De que jeito nós podemos falar em diversidade com as pessoas que são intolerantes? Esse foi um exemplo de questão debatida nas equipes formadas durante a primeira edição do Baianão Ecumênico. O evento aconteceu de 6 a 8 deste mês, no Convento Dom Amando, bairro Jardim Nova Esperança, em Salvador (BA) e teve a participação de católicos romanos, candomblecistas, episcopais anglicanos, luteranos, movimento focolare, presbiterianos unidos, aliança batista, espíritas e comunidade Trindade. Durante a programação, os participantes realizaram leituras bíblicas, orações e dinâmicas coletivas. Todas as atividades tinham o objetivo de aperfeiçoar o conceito de ecumenismo, através da troca de vivências e depoimentos.

Na manhã de sábado (6) houve uma roda de conversa a respeito do tema diversidade, onde todos puderam expor a própria limitação ou abertura para compreender sobre as formas de diversidade. Após o almoço, a plateia fez suas opções para discutir quatro pontos relacionados ao ecumenismo. O pastor Joel Zeferino coordenou a sala sobre diversidade religiosa e diálogos inter-religiosos. Já a teóloga Bianca Daeb’s reuniu os participantes para debater a respeito da diversidade religiosa, gêneros e sexualidade. Em outro grupo, que se interessou em estudar diversidade religiosa e juventude, o diálogo ficou sob a liderança da integrante da Rede Ecumênica da Juventude (REJU), Naiara Soares. Também foi analisada a diversidade religiosa e Estado laico, com fechamento estruturado pela secretária do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), Romi Bencke.

Foto por Rev. Glauber Santos 

“Me chamou atenção a busca pela convivência unida, paz e afeto entre todas as pessoas de tradições diversas”, declarou a assistente social Luciney Coutinho Luz. “Conseguimos que o encontro fosse até o final nessa troca de afetividade, amizade, felicidade. Vamos ter o compromisso de multiplicarmos o número de pessoas que buscam esse mesmo objetivo”, completou.

O Arcebispo Primaz brasileiro, Dom Murilo Krieger, permaneceu por instantes no local, devido a agenda de compromissos, mas disse ter ficado contente com a reunião. "É o primeiro, que outros se realizem. Daqui a pouco será o nordestão, a Bahia liderando uma iniciativa a favor do Nordeste inteiro”, afirmou o católico romano.

Na manhã de encerramento, a liturgia da celebração ágape trouxe a partilha de compromissos firmados pelas igrejas participantes em manter a aliança ecumênica com toda a sociedade. Também foram comemorados os 500 anos de reforma protestante. 

Foto por Gleyka Almeida

Foto por Luciano Campelo

Texto por Osvaldo Junior, SRTE 3612 (BA)