Anglican@s e amig@s participam do 2 de julho na Bahia


     A Paróquia Anglicana do Bom Pastor marca presença no dia dedicado aos festejos pelas lutas da independência baiana (2 de julho). Portando faixas e camisas onde se lia “Com tiranos não combinam brasileiros corações”, as 25 pessoas entre clérigos, leigos, membros da Igreja Presbiteriana Unida (IPU) e da Igreja da Trindade se concentraram no Largo da Lapinha, na capital baiana, às 8h da manhã. Com apoio do Conselho Ecumênico Baiano de Igrejas Cristãs (CEBIC), o grupo percorreu parte do percurso do desfile cívico, se juntando a multidão formada por bandas de fanfarra, instituições de defesa de direitos humanos, políticos, cadeirantes, militares e outros.


    A festividade é um feriado estadual e relembra a história do dia 2 de julho de 1823, data em que o exército português foi vencido no território baiano. Com o passar do tempo, o evento se tornou uma oportunidade que o povo baiano tem para protestar, exigindo mais educação, saúde, trabalho, justiça, segurança e outras pautas que fortaleçam a igualdade social em todo o país.


    Os fatos que geraram a batalha pela independência da Bahia começaram em 1821, quando a corte portuguesa nomeou o militar Inácio Luís Madeira de Melo para comandar a pasta das armas da colônia. O governo local da época era provisório, por causa da mudança do status de capitanias para províncias. 

    As divergências políticas entre o governo provisório e Madeira de Melo causaram um conflito armado no Forte de São Pedro. No ano de 1822, as tropas portuguesas invadiram o Convento da Lapa, resultando no assassinato da madre Joana Angélica de Jesus. Com o intuito de organizar melhor as estratégias de resistência contra Madeira de Melo, muitas pessoas fugiram para vilas localizadas em Cachoeira e Maragogipe, mas nesses lugares também aconteceram batalhas. Outra maneira de vencer os portugueses foi a nomeação de Pierre Labatut para o comando do exército brasileiro. 

    Além de militares, a luta pela liberdade na Bahia teve adesão de indígenas e negros, com destaque da inusitada participação de Maria Quitéria de Jesus. A moça se disfarçou de soldado Medeiros e foi combater os portugueses, o que lhe garantiu a homenagem em forma de condecoração na Imperial Ordem do Cruzeiro do Sul. A última batalha aconteceu no início de 1823, na Ilha de Itaparica, com a fuga das tropas de Madeira de Melo.

Fotos: Rev. Bruno Almeida; Texto: Capinan Junior (SRTE BA 3612)

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